Edição de A Renascença Portuguesa, Porto, 1924. In-8º de 207-(1) págs. Brochado. Capas de brochura, ilustrada por Carlos Carneiro, apresenta-se com acidez generalizada.
PRIMEIRA EDIÇÃO bastante invulgar.
Livro em prosa, escrito em 1923 (e reescrito sete anos depois sob a designação de Elegia Satírica), é dos mais estimados da sua bibliografia.
No meio da ponte de S. Gonçalo, em Amarante, tendo, de um lado, a rua do Cuvelo e, do outro, o Largo, entre as duas margens do Tâmega, esse "rio de verdes sombras liquefeitas", encontra-se um pobre tolo que, "parado e pasmado", contempla o rio. "Não vou nem fico, não me decido", afirma, não conseguindo resolver-se quanto ao rumo a tomar. Parece estar condenado a permanecer no mesmo local, convivendo com os fantasmas que passam, discutindo a existência consigo mesmo.