Livraria de M. Gomes, lISBOA, 1892. In-8º de 227-XXIII-(6)págs. Encadernação inteira em pele com dizeres dourados em casas abertas na lombada. Manchas de tinta marginas que afecta a goteira do livro.
1ª edição.
Rosa Mª Martelo considera esta “a obra que mais nos pode ensinar acerca das opções poéticas do primeiro conde de Monsaraz”, salientando o “ interesse pela representação poética de um mundo objectal que a experiência estética reinventa e simultaneamente descobre o que constitui o traço mais recorrente na poética de Macedo Papança ― muito nítido nos poemas de «Páginas Soltas», frequentemente subordinados a um princípio de composição pictorial, nos quais, por exemplo, a representação dos objectos quotidianos ou de cenas do dia-a-dia permite reinventar o mundo das coisas banais e comuns.” Colóquio-Letras, 125/126, Julho 1992.
Innocencio da Silva faz referência a esta edição (XX, 249): “Antonio de Macedo Papança, natural de Villa Nova de Reguendos, districto de Evora, nasceu a 20 de julho de 1852 [na realidade, nasce a 17.7.1852, vindo a falecer em Lisboa, em Julho de 1913]. Filho de Joaquim Romão Mendes Papança. Bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, recebendo o diploma na respectiva faculdade em 1876, e depois agraciado com o titulo de conde de Monsaraz, par do reino, socio da Academia real das sciencias de Lisboa, do instituto de Coimbra e de outras corporações litterarias. Tem collaborado com poesias em diversas publicações periodicas.